dois mil e onze começou com muita expectativa, planos e mais planos
uma vontade tamanha no trabalho
no amor, planos mais concretos para uma vida a dois
uma viagem a trabalho ao rio de janeiro me deu a oportunidade de caminhar pelas ruas da lapa
respirar aquele ar boêmio de tantos sambas e histórias
uma corrida pela orla de copacabana e uma sensação indescritível de bem estar
difícil discordar da alcunha de cidade maravilhosa
no trabalho
as coisas não iam tão bem
angústia, incerteza, insatisfação
a certeza de que era preciso mudar de ares
no amor
a vontade de uma vida juntos crescia e se materializava
rompante típico de um casal de arianos
o apartamento com a cozinha espaçosa apareceu
correria com a parte burocrática e mudança à vista
no trabalho, mudança de rotina
nova perspectiva
motivação renovada (mesmo que por pouco tempo)
no amor, nova realidade e novas responsabilidades
seria difícil se não fosse tão gratificante
um lar de paz, acolhedor e de muito amor
no trabalho
susto com mais uma mudança
dias tensos que culminaram numa nova rotina
com novas perspectivas, porém com um tanto a mais de pés no chão
as coisas vão bem
é bom ter o nosso canto pra receber os amigos
tivemos farras boas com bastante gente querida
será o nosso primeiro natal na nossa casa
temos até árvore de natal na sala
um ano de transformações que termina com muita harmonia
os sonhos continuam vivos
sigamos em frente
é bom ter com quem contar e é melhor ainda saber que alguém conta com você
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
disposição
por vezes o desânimo toma conta
talvez seja falta de confiança
talvez uma defesa natural diante de tantos tombos
é uma briga interna diária
uma briga contra esses pensamentos de insucesso
o negócio é seguir em frente
afinal, tantas barreiras já foram superadas
um horizonte de oportunidades está à frente!
é ter pensamento firme e disposição pra continuar lutando
talvez seja falta de confiança
talvez uma defesa natural diante de tantos tombos
é uma briga interna diária
uma briga contra esses pensamentos de insucesso
o negócio é seguir em frente
afinal, tantas barreiras já foram superadas
um horizonte de oportunidades está à frente!
é ter pensamento firme e disposição pra continuar lutando
terça-feira, 23 de agosto de 2011
tem dias
tem dias em que a sensibilidade está mais aguçada
e o olhar mais atento a pequenas coisas
um filme nos toca de outra maneira
descobrimos velhas canções
um poema empoeirado volta a fazer sentido
dias delicados para aturar as convenções do dia a dia
as leis, o trânsito, o trabalho, as filas, as reclamações...
dias em que o silêncio, os acordes de um violão e um sorriso cumplice seriam ótimas companhias
e o olhar mais atento a pequenas coisas
um filme nos toca de outra maneira
descobrimos velhas canções
um poema empoeirado volta a fazer sentido
dias delicados para aturar as convenções do dia a dia
as leis, o trânsito, o trabalho, as filas, as reclamações...
dias em que o silêncio, os acordes de um violão e um sorriso cumplice seriam ótimas companhias
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Sonetos de Shakespeare
eu parei em frente a uma livraria, e como um cachorro que só sabe do tempo que anda com o olhar no frango que gira,
como o cachorro que sabe da gravidade pela baba que desce da boca...
fiquei horas seguidas ali babando sobre a vidraça, que não permitia que minhas mãos tocassem nos sonetos de Shakespeare
o comerciante de livros aproximou-se com um sorriso fosco.
perguntei quanto custaria para que os sonetos fossem meus?
ele então sorriu, menos fosco e mais vil. E disse-me: custa tanto!
o tanto que ele disse era pouco, nem sabia... até porque ele vendia Shakespeare, pense, junto com culinária e magia.
mas as minhas mãos queriam tocar os sonetos de Shakespeare
cavei o bolso e cédula a cédula, moeda a moeda, deu justo pra pagar e voltar pra casa e nada mais.
essa noite eu sou um homem sem garantia de que amanhã eu terei casa, porque eu não paguei o aluguel
quanto a minha alma, ela sobrevive a essa ameaça, tomada pela mais sublime graça em habitar os sonetos de Shakespeare
como o cachorro que sabe da gravidade pela baba que desce da boca...
fiquei horas seguidas ali babando sobre a vidraça, que não permitia que minhas mãos tocassem nos sonetos de Shakespeare
o comerciante de livros aproximou-se com um sorriso fosco.
perguntei quanto custaria para que os sonetos fossem meus?
ele então sorriu, menos fosco e mais vil. E disse-me: custa tanto!
o tanto que ele disse era pouco, nem sabia... até porque ele vendia Shakespeare, pense, junto com culinária e magia.
mas as minhas mãos queriam tocar os sonetos de Shakespeare
cavei o bolso e cédula a cédula, moeda a moeda, deu justo pra pagar e voltar pra casa e nada mais.
essa noite eu sou um homem sem garantia de que amanhã eu terei casa, porque eu não paguei o aluguel
quanto a minha alma, ela sobrevive a essa ameaça, tomada pela mais sublime graça em habitar os sonetos de Shakespeare
(trecho do texto declamado pelo personagem Naum, interpretado por Gero Camilo, no último episódio de Som & Fúria)
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Vulcão
Vez por outra alguns fantasmas voltam a me assombrar
Coisas escondidas nas entranhas do subconsciente, adormecidas por um longo período
Tal qual um vulcão que se enfurece de tempo em tempo
terça-feira, 10 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Vou tirar umas férias...
Tanta intolerância
discursos românticos, inflamados... contrastados com atitudes mesquinhas, vaidosas
Será o mundo de cabeça pra baixo?
Ou fora sempre assim?
Mudam as datas, os governantes, as modas, os ídolos
No entanto, a essência é a mesma
O ser humano sente prazer na desgraça alheia
A competição está em todos os lados
O que vale mesmo é estar por cima... ou pelo menos acreditar que está
Não sei se quero isso! Estou cansado...
Vou tirar umas férias, me abstrair dos assuntos que movimentam a vaidade do cotidiano
Prestar atenção em outras coisas,
Perceber o mundo de outro ângulo
discursos românticos, inflamados... contrastados com atitudes mesquinhas, vaidosas
Será o mundo de cabeça pra baixo?
Ou fora sempre assim?
Mudam as datas, os governantes, as modas, os ídolos
No entanto, a essência é a mesma
O ser humano sente prazer na desgraça alheia
A competição está em todos os lados
O que vale mesmo é estar por cima... ou pelo menos acreditar que está
Não sei se quero isso! Estou cansado...
Vou tirar umas férias, me abstrair dos assuntos que movimentam a vaidade do cotidiano
Prestar atenção em outras coisas,
Perceber o mundo de outro ângulo
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Ah, a Lapa!
andando pelas ruas da Lapa
tantas histórias e canções se materializam na minha frente
ruas históricas!
cenário boêmio da malandragem no tempo dos ternos brancos, chapéus e navalhas
cenário revolucionário noutro tempo pós ditadura, de guitarras elétricas e sonhos utópicos
de dia: o contraste do negro pobre com o gringo branco
de noite: a atmosfera democrática e acolhedora dos bares e batuques
fundição de cultura e raças
boemia repleta de nostalgia!
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