segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

velhos (e bons!)

saudade e nostalgia!
uma linha delicada entre a satisfação de relembrar bons momentos
e uma certa angústia de saber que não se pode voltar no tempo

reencontrar velhos (e bons) amigos
pessoas especiais
que fizeram parte de uma fase rica da vida

em cada rosto uma história, uma lembrança...
um brilho de criança no olhar
e a satisfação de compartilhar juntos mais um bom momento

olhar pra trás e ter as referências que compõem a minha história
que me enchem de alegria e afeto

sábado, 27 de novembro de 2010

em tempos tranquilos

minha inspiração vem da tristeza
da angústia
da incerteza

em tempos tranquilos no amor

tristeza se evapora
angústia não sinto
incerteza vai embora

em tempos tranquilos no amor

mãos entrelaçadas
sorrisos bobos
olhares perdidos

inspiração para um novo tempo

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O importante é que nossa emoção sobreviva!

Da série: Retinas

SÁBADO_27 DE FEVEREIRO DE 2010



Num instante, mudança de planos. Já são quase 8 e o show começa as 9, saio acelerado para o SESC Pompéia, no caminho ansiedade e incerteza: “Será que ainda tem ingresso?”. É dia de show do poeta Paulo César Pinheiro, comemoração dos seus 60 anos de vida. Oportunidade ímpar de vê-lo em São Paulo.

Subo num passo rápido a Francisco Matarazzo e de longe avisto na porta do Sesc um aviso de ingressos esgotados, penso: “Que merda, perdi”. Chegando mais perto, alívio, os esgotados eram do outro show da noite, Pedro Luís e a Parede.

Já são quase nove e na fila os minutos parecem uma eternidade, finalmente chega a minha vez, restam poucos lugares, a atendente me dá a opção da galeria do teatro: “não tem assento marcado, mas entrando antes você pega um bom lugar”. Aceitei a opção e não podia ter sido melhor, fiquei acima do palco e de frente para o mestre.


Soa a primeira campainha, o público continua chegando. A segunda... expectativa! A terceira, finalmente casa cheia.

A luz vai diminuindo aos poucos. O poeta entra sozinho no palco, a platéia se levanta e o saúda com muitas palmas. Com um sorriso tímido, terno e de agradecimento, abre os braços retribuindo o carinho.

Se acomoda no centro do palco e com sua voz rouca e inconfundível faz um breve relato dos 60 anos de vida: 46 anos de carreira, quase duas mil composições, mais de mil gravadas; inúmeros textos para jornais e revistas; produções de discos e peças de teatro; dez discos lançados; dez livros de poesia, dos quais seis ainda na gaveta e um romance, recém- lançado. “Está a venda aí fora, no final vou autografar”, promete.

O primeiro músico a ser chamado é Maurício Carrilo, também produtor do show, no violão 7 cordas acompanha Pinheiro em Viagem, primeira música feita pelo compositor aos 14 anos de idade.

Na sequência ele convida os percussionistas Marcos Tadeu e Paulino Dias e no cavaquinho sua esposa Luciana Rabello. Causa alvoroço na platéia ao entoar Lapinha, “Quando eu morrer me enterre na Lapinha... calça culote, paletó, almofadinha”.

Aos poucos, como ele mesmo brinca, o palco se transforma em sua sala de estar. Para completar o time de músicos, sobem ao palco seu filho Julião Rabello Pinheiro, no violão 6 cordas, sua filha Ana Rabello Pinheiro, e tal qual a mãe, também no cavaquinho. E ainda, sua cunhada Amélia Rabello, de belíssima voz. (família da pesada, é muito talento junto!)

Numa atmosfera mágica, canções, poemas e histórias são deliciosamente entregues a platéia.

O poeta mostra um certo desconforto, com seguidos pigarros. “Em outro tempo, tinha alguma coisinha pra esquentar a garganta, agora já não posso tanto”, diz, cercado por 3 copos d´água. Prontamente, Carrilo se levanta e em poucos minutos aparece com 2 copos de whyskie, um ele divide com os percussionistas e o outro serve a Paulo. Pigarro resolvido, apesar do olhar de reprovação da esposa.

Esposa, filho e filha (tímidos, porém afinadíssimos) interpretam canções inéditas feitas em parceria com o poeta. Ele assiste a tudo encantado e com o orgulho transbordando em seus gestos. “Aprenderam direitinho, não acham”, “Se fizer pagode eu mato de joelho no pé de milho”, brinca ao final das apresentações. Sua esposa responde, “Não existe a menor possibidade disso acontecer”. Risos e aplausos!!

O espetáculo vai chegando ao fim e em Canto das Três Raças, fica impossível não se emocionar.

Alguns minutos de aplausos, o poeta volta para o bis com a linda E lá se vão meus anéis, homenageando Eduardo Gudin, parceiro na canção e presente na platéia.

O show acaba, deixando um gosto de quero mais. É impressionante o impacto que esses momentos causam na emoção.

Ainda fico para tentar um autógrafo no livro. Alguns minutos se passam e o homem dos botequins e dos bares reaparece, cumprindo a promessa do começo do show.

Na sua simplicidade e cordialidade senta para atender os pedidos. Sou o quinto da fila, minha voz falha e preciso repetir meu nome, após o autógrafo e um aperto firme de mão, a única coisa que consigo dizer é um “obrigado Paulo”.

Volto pra casa cantarolando, inebriado... feliz como uma criança!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

inspiração

naquela fase de bloqueio criativo
onde as palavras rondam, rondam
e não se formam em frases com vírgulas, pontos e rimas

eu...
que anseio ser poeta,
que aspiro humildemente
transformar meus sentimentos
em ensaios e poesias

respeito a vinda da inspiração
esperando aproveitá-la
com sabedoria e emoção

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

?!?!

Existem dias em que olho ao redor
E as pessoas me soam estranhas

Diante dos meus olhos se forma uma imensa cortina de interrogações
A pouca simpatia que me resta se esvai rapidamente

Apesar desse sentimento ser sabidamente efêmero
Em dias assim o silêncio é o melhor caminho

E quando consigo transmiti-lo às teclas do computador
Aos poucos a minha pouca simpatia vai voltando

A cortina, antes imensa e interrogativa, se abre clara e exclamativa!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Numa madrugada qualquer...

Sinto um aperto, uma sensação de mal estar A solidão, as incertezas rondam novamente O amor é uma linha tênue entre a felicidade e a angústia Ouço canções, me acalmam, me aquietam a alma Meus pensamentos estão presos, desconexos Não sei no que pensar, nem tampouco como agir Não quero que nada se quebre, não quero que seja ilusão Não quero sofrer, não quero que seja desgastante Quero leveza, simplicidade, harmonia, sorrisos Mas sei que nem todos os dias serão assim Preciso conviver com isso, preciso aprender... A madrugada segue Dormir e acordar talvez seja a solução!

sábado, 18 de setembro de 2010

Afinidade não se explica!














"Apesar de algumas amizades ficarem pelo caminho, outras se fortalecem, ainda que o convívio não seja frequente.
Afinidade n
ão se explica!"

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Noel


















Poeta que não se perde
porque nunca foi de achar

Poeta de feitios, orações e filosofias
Fez da sua intensa vida de paixões e boemias
Uma festa de notas, melodias e poesias


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sensações e certezas!

Caminho a passos lentos pela avenida Paulista, o meu refúgio nos dias de solidão, sempre uma boa companheira para as noites estreladas de sábado ou para as tardes azuis de domingo.

Ainda envolto em pensamentos sobre o filme que acabo de assistir, minha cabeça fervilha de idéias, preocupações e anseios. Penso no trabalho e na semana que está por vir.

Estou tranqüilo e atencioso ao que se passa em meu redor. Jovens eufóricos com cabelos espetados e coloridos; casais de namorados, alguns apaixonados, outros nem tanto; um músico se esforça na guitarra para chamar a atenção dos pedestres, me parece em vão; pontos de ônibus cheios, gente de todo tipo de todas as idades; tem de tudo um pouco, me sinto no centro do mundo.

Observo as luzes, prédios decorados e coloridos, janelas acesas, os faróis dos carros compõem a paisagem, a avenida fica mais bela e imponente durante a noite.

No vão do MASP um saxofonista toca uma melodia conhecida, da qual eu não consigo me lembrar o nome, em sua volta uma pequena platéia, paro por um instante, o semblante de admiração das pessoas me arrancam um breve sorriso.

Os bares ainda estão cheios, vozes se misturam em conversas entusiasmadas, fumantes em pé tomam as calçadas, e a noite parece, para eles, estar só começando.

Mais um dia termina, estou feliz e em paz, com as energias recarregadas, no entanto com uma sensação recorrente de que está me faltando algo...

O percurso é o mesmo, a mesma avenida, o mesmo cenário, meus pensamentos continuam a mil, só que já não presto tanta atenção ao meu redor.

Na minha mão há outra mão entrelaçada, olhos brilhantes me fitam, aliados a um sorriso que me encanta, estou em paz, feliz... e com a certeza de que não me falta mais nada.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Para ti

Saudade de ti
de Paraty
das ruas de pedra
da nossa bodega

Vontade do acordar
do seu olhar
de nossas andanças
de nossos anseios cheios de esperança

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tenho pressa...

Quero correr! Quero andar! Quero conhecimento! Quero barulho! Quero silêncio! Quero me embriagar! Quero curar a ressaca! Quero amigos! Quero amor! Quero solidão! Quero rir! Quero chorar! Quero um banquete! Quero simplicidade! Quero todos os livros! Quero todas as músicas! Quero o sol! Quero a brisa! Quero a chuva! Quero tudo! Quero nada!

Tenho pressa... e por isso vou devagar!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Desconfio

Desconfio dos alegres demais,
dos tristes demais, dos que se lamentam demais


Desconfio dos prestativos demais,
dos prestativos de menos


Desconfio dos políticos,
dos dirigentes de futebol, dos comentaristas de TV


Desconfio daqueles que se denominam reis, dos irônicos em demasia,
dos bairristas em excesso, dos que olham apenas para o próprio umbigo


Desconfio dos modismos,
dos sucessos instantâneos, das soluções divinas


Desconfio, inclusive,
dos que desconfiam demais


Só não desconfio da inocência dos olhos de uma criança
e do latido estridente de um cão vira lata


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

...

Cabe tudo no mundo, que alívio!!
Cabe até eu, que pensei que nunca caberia.
(trecho de Cabimento de Kléber Albuquerqçõesue e Cláudia D´Oreyl)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Vocábulos em Construção...

Velhas novas idéias,
novos velhos desejos.
Dúvidas em trânsito,
certezas se solidificando.
Espaço para rabiscar alguns
simples vocábulos
quando de tempo em tempo
a inspiração resolver me brindar.